sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

(Para Danielly Inô, pela nossa amizade e pela inspiradora conversa dessa tarde.)

Viver é um buscar incessante de algo que sequer sabemos nominar e ingenuamente chamamos de felicidade, como se felicidade fosse um nome genérico que guardasse em si mesmo todos os nossos quereres. E saímos pela vida de olhos esbugalhados e ouvidos escancarados na vã expectativa de perceber a tal felicidade nas entrelinhas dos dias, de ouvir seus passos sorrateiros ou o balançar de suas vestes amarfanhadas enquanto ela caminha por entre nossos desejos. E enquanto fixamos o olhar 
na sua sombra, tropeçamos incontáveis vezes, ralamos cotovelos e joelhos, arranhamos braços e pernas, machucamos corações. E quando, cansados, paramos a busca, escutamos, enfim, o lírico som da sua risada  e, embasbacados, percebemos que ela é a manifestação da essência que habita em nós e só sorri quando nossa alma, liberta das imposições, enlevada se eleva! 


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