terça-feira, 22 de outubro de 2013

O melhor de mim




O melhor de mim ainda não está pronto.

É um destilado dos meus erros

e da minha vontade de acertar



O melhor de mim tem cheiro forte.

Um sabor às vezes doce, outras, acre,

mas sempre marcante e firme

como devem ser as decisões



O melhor de mim me cala

e depois me restitui a voz

para que eu perceba

o valor do silêncio e da queixa



O melhor de mim é o meu querer,

meus “sins” e meus “nãos”

sem equilíbrio

pois a equidade carece de um pouco de insensatez



O melhor de mim não se encontra comigo

Dispersa-se no ar,

entranha-se na alma alheia

e retorna, transformado, à veia, através de um olhar.

6 comentários:

  1. Seu olhar poético faz leituras mil de tudo a sua volta, e tudo retroalimenta sua alma, que depois se faz verso para a avidez do seu público.

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    1. José Maria, sua visão sensível só contribui para embelezar o texto. Um abraço.

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  2. Mabel,

    O título sugestivo trouxe-me até aqui. Gostei do que li. Volto com mais tempo, para ler com a calma e o respeito que os seus textos merecem.

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    1. Juliêta, obrigada pelo carinho. Seja bem vinda sempre. Já favoritei seu blog, vou passear por lá também. Bjo.

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